Temos até aqueles que fazem seus
controles em planilhas, aplicativos, o que até pode ser considerado como algo
positivo, porém, o que a maioria das pessoas são sabem é que, ter controle é
bom, desde que essa ação seja refletida no seu comportamento no dia-a-dia e na
sua utilização para a realização de seus sonhos e objetivos no futuro.
É exatamente essa a diferença entre
finanças pessoais e educação financeira. Uma ensina a fazer o controle de
números, que por si só não mudam a situação, já que esta deve ser
comportamental. E é exatamente aí que entra a educação financeira.
O número de problemas que afetam a população
pela falta de educação financeira é muito grande, mas destacaremos aqui os
principais.
Se o dinheiro é o meio utilizado para a
realização dos nossos sonhos, quando os realizamos sem um controle orçamentário,
é fato que cedo ou tarde teremos o maior dos problemas: a inadimplência, que é
a incapacidade de pagar as dívidas nas datas pré-determinadas. O problema não
está no fato de se ter ou não dívidas, pois estas, todo mundo tem. Todo mundo
come, bebe, consome água, energia elétrica, roupas, etc. Como citamos
anteriormente, dívidas todo mundo tem, o que não pode acontecer é o descontrole
das mesmas, de forma que as receitas não sejam num montante capaz de supri-las.
A inadimplência gera enormes transtornos,
não só na vida pessoal, como com a falta de crédito, mas também afeta outros
segmentos, como a família, o trabalho e até a saúde. São, na verdade, problemas
que não se separam, pois um estará ligado ao outro, todos motivados pela mesma
causa: o descuido com o dinheiro.
Quando uma pessoa tem problemas
financeiros, principalmente se esta é a responsável pela manutenção da casa, é
fato que, na maioria das vezes encontrará problemas de relacionamento. No
Brasil, a falta de dinheiro é a segunda maior causa de separações de casais. Se
não bastasse isso, os filhos terão os pais como espelhos e na maioria das
vezes, filhos de pais desiquilibrados financeiramente, também serão adultos sem
controle.
Na saúde, as dificuldades geram problemas
psicossomáticos, como estresse, depressão, desânimo e baixa auto estima. E
quanto mais o doente se afunda nesse sentimento de negatividade, mais difícil
ficará para ele aceitar que seu comportamento é o responsável pela atual
situação.
Já no âmbito profissional, os maiores
impactos estão no presenteísmo (a pessoa está no trabalho, mas sua mente está
em outro lugar, vagando nos problemas), o absenteísmo (a falta constante no
trabalho), baixa produtividade, turnover (troca
constante de colaboradores, ou no caso da pessoa em si, ela não se mantêm muito
tempo em um emprego) e por fim, as demissões.
Além destas e outras dificuldades
cotidianas, o analfabetismo financeiro ainda é responsável, em grande parte,
pela dificuldade que muitos idosos possuem. Principalmente no Brasil e em países
que não possuem uma visão mais ampla a respeito da vida, o que se vê é que, a
maioria esmagadora dos aposentados não consegue se independente financeiramente
falando. Na verdade, apenas 1% deles chegará a isso. Os outros 99% serão
divididos entre: 25% que são obrigados a trabalhar, 28% que dependem de ajuda
de terceiros ou projetos caritativos e finalmente, os outros 46% que dependerão
de ajuda de parentes.
Poderíamos enumerar diversos motivos que
nos indicam que a educação financeira é importante para termos uma sociedade
mais feliz, equilibrada e próspera, porém, apenas simplificando o conceito,
podemos citar que a educação financeira é sem dúvida o caminho mais seguro para
a realização dos nossos sonhos.
Artigo de Sandro da Costa Mattos - Educador e Terapeuta Financeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário.