A
economia de um país está basicamente relacionada a dois pontos especiais: a
produção (de produtos ou serviços) e seu consumo (a compra ou contratação do
que é produzido).
Toda
produção está baseada em quatro fatores: terra, capital, trabalho e
conhecimento. No fator “terra” temos os recursos naturais utilizados, no
“capital” o dinheiro e os equipamentos necessários para a produção, no
“trabalho” a mão-de-obra, a pessoa humana que vai produzir aquilo e no
“conhecimento” a capacidade individual ou coletiva de quem vai atuar nesta
produção. Sem esses fatores não existe produção, e sem produção, não teríamos
desenvolvimento.
Quando
temos uma procura muito grande pelos bens de consumo, ou seja, quando a procura
é maior do que a oferta, geramos um problema muito conhecido, especialmente em
países que ainda não possuem uma economia equilibrada e bem definida, a tão
conhecida inflação.
Por
outro lado, quando a oferta é maior do que a procura, tendemos a diminuir a
inflação, com a queda dos preços, mas isso também não é bom, pois causa
recessão, pois, uma vez que temos menos dinheiro circulando na praça, as
empresas acabam diminuindo sua produção e numa escala progressiva, comprando
menos, produzindo menos, precisando de menos colaboradores. É o chamado “efeito
dominó negativo”.
O ideal
é buscarmos o equilíbrio. Não exagerar no consumo e nem deixar de praticá-lo.
Essa é a situação mais saudável para o consumidor e para o país.
A
educação financeira comportamental explica que temos que tomar o máximo de
cuidado para não perder o controle, prejudicando nosso orçamento e
consequentemente, nossa saúde financeira.
Visando
esse cuidado, explicaremos aqui quais cuidados devemos ter para evitar
transtornos e assim, não só preservar nosso dinheiro, como também, ajudar o
país e nosso planeta.
Consumo responsável: quando compramos,
impactamos diretamente na economia, isso já foi explicado. Dessa forma, visando
sempre o equilíbrio, devemos tomar o cuidado de comprar somente aquilo que
realmente precisamos, num preço justo, no tempo certo (muitas vezes, movidos
pela “onda”, compramos produtos que não precisaríamos naquele momento ou até,
que nunca precisaríamos). O consumidor responsável sabe que tudo aquilo que ele
faz, impacta diretamente em suas finanças e no resultado econômico do seu país.
Consumo inteligente: devemos levar em
conta a real necessidade de comprar algo, levando-se sempre em conta o que essa
compra vai trazer de benefício e/ou prejuízo pra nós. Se precisar mesmo de um
produto, observe se existem outros iguais com preços menores, não se deixe
levar somente pela marca. Sempre faça a relação “necessidade x bem estar x
menor custo”.
Consumo consciente: está relacionado
ao impacto que este produto ou bem causa sobre a sua vida, a vida de outras
pessoas e sobre o planeta. Hoje existe uma gama enorme de empresas que estão
preocupadas em defender o planeta, o meio ambiente ou que estão diretamente
associadas a causas humanitárias. O consumidor consciente leva sempre em conta
quatro dimensões: consciência ecológica (empresas, produtos e serviços
ecologicamente corretos), economia de recursos naturais (evitar desperdício de
água, energia, etc), reciclagem (reaproveitamento de materiais, evitando assim
um maior acúmulo de lixo e claro, o gasto desnecessário de dinheiro) e
planejamento de consumo (buscar uma vida mais simples, menos consumista e
assim, menos impactante do ponto de vista negativo, para suas finanças e para o
planeta).
Todo
mundo é consumidor. Seja para manter nossas necessidades básicas como
alimentação, vestuário e saúde, à realização de sonhos materiais ou sociais,
todos temos que consumir produtos, bens naturais ou serviços.
O
diferencia a pessoa que realiza um consumo correto e um consumista desenfreado
é a forma que ele impacta essa prática na sua vida pessoal, principalmente nas
suas finanças.
O consumismo é uma prática
desiquilibrada, onde a pessoa busca no ato de comprar, a satisfação momentânea
de realização, sem levar em conta os resultados que isso gerará na sua vida e
daqueles que tanto ama. O consumista é exatamente aquela pessoa que é
facilmente influenciável pelo trabalho de marketing divulgado na mídia ou pela
sociedade, esquecendo que, cada um de nós é responsável pelos resultados,
positivos ou negativos, que obteremos em nossas vidas.
Para
evitar esse tipo de transtorno, é imprescindível que todos busquem ter a cada
vez mais falada, educação financeira, que nos permite ampliar a visão dos
conceitos necessários para mudarmos nossas atitudes e a partir daí, mudar o
padrão de consumo e com isso, também, o nosso padrão de vida e financeiro.
A
educação financeira, especialmente a baseada na metodologia DSOP nos dá a
oportunidade de buscarmos um rumo de crescimento, independente da situação que
nos encontramos, pois se baseia em pilares que vão do diagnóstico de nossas
receitas e despesas, na busca centrada de nossos sonhos (sem desiquilíbrio
financeiro), no controle do nosso orçamento e no ato de poupar, que pode ainda,
ser potencializado pelo ato de investir.
Além
disso, a educação financeira nos permite ter informações que nos propiciam a
buscarmos um futuro mais tranquilo, diferente do que ocorre para a maioria das
pessoas, que hoje, chegam à aposentadoria sem que tenham se preparado para este
momento. Infelizmente apenas 1% dos nossos aposentados são independentes
financeiramente falando, e isso é causado, principalmente, por falta de
informação e atitude. Pensando nisso, o Brasil criou o ENEF, que tem como meta,
levar a educação financeira para as crianças, transformando-as em adultos mais
conscientes no que diz respeito ao seu próprio dinheiro.
Artigo de Sandro da Costa Mattos
Educador e Terapeuta Financeiro associado à ABEFIN
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