Visando diminuir a inadimplência e os altos juros cobrados pelo uso rotativo dos cartões de crédito, o Banco Central anunciou na última quinta-feira, 26 de janeiro, que essa linha emergencial só poderá ser utilizada por um período máximo de 30 dias, ou seja, até o vencimento da próxima fatura.
Depois disso, a instituição financeira será obrigada a
oferecer ao consumidor uma nova opção de financiamento ou parcelamento da
dívida. Hoje, os juros cobrados no rotativo estão na altíssima faixa dos
485% ao ano e há expectativas de que os juros oferecidos nessas novas linhas girem em
torno de 153% ao ano.
Apesar da diminuição na taxa, os juros
continuarão sendo muito elevados, levando-se em conta que a Selic está em 12,9% (índice utilizado
como base em vários investimentos). Os bancos terão até abril para se adaptar às novas regras e de
acordo com o Código de Defesa do Consumidor, novos contratos deverão ser enviados aos
clientes esclarecendo as mudanças.
A medida serve para pessoas físicas e jurídicas, exceto para
cartões de crédito vinculados a empréstimos consignados, que possuem taxas limitadas
pelo Governo. Portanto, é importante que mais do que nunca o consumidor saiba utilizar o cartão de crédito de forma
sustentável, tendo em mente que o valor limite não deve ser encarado como um saldo
disponível em seu orçamento financeiro.
Para garantir que conseguirá honrar a dívida sempre em dia,
sem precisar pagar apenas o valor mínimo da fatura, antes de fazer
compras parcelando o pagamento no cartão de crédito verifique se o valor das
parcelas caberá em seu orçamento mensal sem comprometer as demais despesas do mês e a poupança para os seus
sonhos.
E lembre-se: da mesma forma que obter descontos é uma maneira de
poupar, pagar juros pode ser considerado um atraso na conquista dos seus
sonhos.
Boa sorte!
Sandro Mattos - Educador Financeiro
Sandro Mattos - Educador Financeiro
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