Desenho brasileiro de "Vila Sésamo" ensina educação financeira a crianças
Paulo Pacheco
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
- Reprodução/YouTube/Vila SésamoElmo, Grover e Come Come, bonecos de "Vila Sésamo", na animação "Desafio do Elmo"
Clássico infantil, "Vila Sésamo" ganha sua primeira animação produzida no Brasil. "O Desafio do Elmo" vai ensinar noções de responsabilidade social, sustentabilidade e até educação financeira para crianças. A série estreia nesta segunda-feira (26) na TV Cultura e na TV Brasil. Os 26 episódios, de três minutos cada, serão exibidos durante a programação das emissoras públicas.
Na animação, Elmo, protagonista de "Vila Sésamo", participa de um game show apresentado pelo boneco Grover com perguntas e respostas sobre economia, saúde e outros temas. Apesar do caráter pedagógico, os programas sobre finanças não explicarão juros e inflação aos pequenos telespectadores.
"Buscamos trazer noções que são adequadas à idade. O que uma criança entre três e seis anos pode aprender sobre educação financeira? Pode aprender a importância de compartilhar, doar algo que não usa mais, um brinquedo de quando era neném, pode aprender que para conseguir algo precisa esperar", explica ao UOL João Amorim, diretor de "O Desafio do Elmo" e indicado ao Emmy, em 2009, pela animação "Chicago 10".
A série foi criada pela Amorim Filmes, empresa do animador, com roteiros de Antonio Arruda e Regina Negrini (irmã caçula da atriz Alessandra Negrini), os mesmos do "Quintal da Cultura, premiado pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) como o melhor programa infantil de 2014.
"Fizemos de uma forma inovadora, porque todos estavam em locais diferentes: os roteiristas em São Paulo, parte dos animadores no Rio de Janeiro, outra no Pará e outra no Nordeste, todos trabalhando na nuvem", conta Amorim.
Produzido em parceria com a Sesame Workshop e a Metlife Foundation, "O Desafio do Elmo" estará na nova série "Sésamo", com os bonecos clássicos, que estreará ainda este ano na TV Cultura e na TV Brasil. Os programetes também foram exportados para China, Índia, África do Sul, países do Golfo Pérsico, Chile e México, entre outros.
"Precisávamos nos certificar de que, do ponto de vista educacional, o que escrevemos funcionaria lá também. Existem algumas especificidades, que tivemos que revisar bastante até chegarmos a uma linguagem universal", afirma o diretor.
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