De cada dez pessoas
que comparecem ao Procon da Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), seis
estão em busca de auxílio para resolver problemas de dívidas. Por isso, em
menção à Semana Nacional de Educação Financeira, comemorada até o dia 26 de
maio, o órgão elaborou algumas dicas para orientar os mineiros a fugir de
"bolas de neve". As atitudes, garante o Procon, são urgentes em
tempos de crise econômica.
Confira a lista:
1. Faça uma equação mágica
Preciso disso? Posso
pagar? Tenho que comprar agora? Essas são as três perguntas que fazem parte de
uma equação feita pelo coordenador do Procon, Marcelo Barbosa. De acordo com
ele, se alguma das respostas for "não", não é necessário comprar. "Deixe
para quando a resposta for 'sim' para as três perguntas", diz.
2. Converse francamente com a família
De acordo com o
Procon, toda a família deve ter consciência do orçamento mensal fixo. Isto é, o
total dos ganhos recebidos pelos membros que trabalham ou que recebem algum
auxílio, como aposentadoria ou pensão. Por isso, converse francamente para
evitar dívidas.
3. Identifique os gastos mensais obrigatórios
Depois que o grupo
familiar se entendeu e determinou o valor mensal, a dica é identificar os
gastos obrigatórios, como contas de água, luz, telefone, condomínio, internet,
supermercado, combustível, entre outros. O órgão explica que, apesar de parecer
fácil, muitos trabalhadores não conseguem mudar hábitos de consumo e abrir mão
de confortos. O orçamento pode não caber no bolso.
4. Conte com a colaboração
Agora, se os gastos
extrapolam, a sugestão é que haja colaboração por parte de toda a família e,
claro, força de vontade para driblar o momento. Segundo sugere o Procon, o
smartphone pode aguardar mais um tempo para ser trocado. Uma viagem ou compras
no shopping podem ser adiadas e outras medidas, como diminuir o plano de
internet e adotar meios mais baratos de se locomover, por exemplo, são
positivas.
5. Evite endividamento
Livrar-se do cheque
especial e do "crédito rotativo" do cartão de crédito
é essencial para evitar a "bola de neve". Conforme o Procon
da ALMG, esses dois produtos são os maiores causadores do superendividamento
por cobrarem juros acima do razoável e tornando a dívida "impagável"
em poucos meses.
6. Negocie as dívidas
Se existe a dívida, a
melhor forma é negociá-la. Seja diretamente com o credor, ou, até mesmo, com
mediação dos órgãos em defesa do consumidor. Eles podem tentar acordos que
sejam favoráveis ao trabalhador. Outra opção é pedir a portabilidade
da dívida para instituição que ofereça juros mais baixos.
7. Não descuide
Caso a situação
esteja, digamos, controlada, a ideia é não descuidar. Pois, para o Procon,
despesas inesperadas, como doenças, acidentes, obras, podem surgir. De acordo
com o órgão, o ideal é que a família faça uma poupança de 10% a 20% do
orçamento para esses imprevistos.
Fonte: Procon da Assembléia